Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Bizarrices televisivas

Alguém poderia, caridosamente me explicar duas coisas fundamentais para que eu prossiga minha existência entendendo de forma mais clara mistérios da humanidade? Tipo que eu sou, quem eu fui, quem serei um dia? De onde vim? Pra onde vou?

Eis minhas dúvidas:

1) Por quê, eu digo POR QUÊ, Senhor, eu ligo a TV no domingo, sintonizo no Faustão tendo como finalidade acompanhar mais um episódio do cultural "Dança no Gelo" e, no lugar das celebridades patinadoras está lá o Sr. Fábio Jr e sua cara amarrotada e torta, saído da garrafa, cantando DE NOVO na vida dele aquela merda de "Pai" e TODAS aquelas bizarras daquelas bailarinas chorando atrás dele, que por sua vez, também chorava. Notem que desembestei e perdi o fôlego aqui. Tive um calafrio que tomou a espinha em sua extensão e não durmo faz quatro dias pois fui tomada pelo pânico.

2) POR QUÊÊÊ eu ligo minha TV hoje de manhã e avisto Ana Maria Braga, a deficiente mental, fantasiada de baiana do acarajé às 8 horas da manhã? Não interessa se ela está na Bahia, se o programa era temático......foja-se! O que não pode é me pegar assim, desavisada e dar de face com a palhaça-mor da televisão ridiculamente trajada. Não, a roupa não é ridícula. Ridículo é o conjunto da obra.

É por isso que meu cérebro só assimila canais de TV com numeração superior a 40.

HELP.

O tampo do dedón

Caminhava alegre e despreocupada pela rua, com aquele sentimento único de liberdade que todos os babacas que trabalham aos sábados dividem, quando algo mudou minha vida.

PÉÉÉÉÉIINNNNNN!!!

A topada. Chamar o que me aconteceu de topada é ter muita bondade no coração. Aquilo foi um chute fenomenal com o qual eu poderia ter arremessado a centenas de metros qualquer objeto que não estivesse preso ao chão. Como não foi esse o caso (o toco de poste pontudo que me atacou, por ser um toco de poste, estava naturalmente preso à calçada) é simples calcular o que aconteceu com o meu, agora ex, dedão do pé. Contribuindo com mais uma referência para a vizualização nítidada cena, digo que a porrada soltou a tira da minha Havaiana. Vamos combinar que isso não acontece, o Chico Anysio NUUUUUUUUNCA mentiria para mim.

Agora meu pé adquiriu uma bolha preta de sangue pisado inaceitável esteticamente. Se eu frequentasse piscinas que exigem exame médico para garantir o acesso, ia passar o verão com a coloração mais branca da vida. O cara ia tomar um susto tão grande com a pereba que, provavelmente, eu teria que me associar a outro clube, já que a minha ficha da piscina seria carimbada com "CONTAGIOSO/MORTAL" e um veto eterno.

Mas a parte grave virá quando o esmalte vermelhão do meu pé for removido. Neste momento eu terei o prazer inenarrável de ver o que restou da unha. O que se sabe até agora, é que ela está quebrada na raiz. Segundo Eli, minha manicure e guru, "deve estar tudo descolado e preto". Muito agradável.

Por enquanto a psicose toma conta de minha mente e sinto a porra da unha mexer adquirindo vida própria a cada passo. Por isso virei "aquela menina que puxa de uma perna". Que beleza, não?

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Ode à cafonalha

Quando você pensa que todos os parâmetros de sua personalidade estão devidamente definidos, eis que surge uma tenda de camelô para destruir tudo o que uma vida inteira já havia determinado.

Márcio.

Márcio é meu mais novo guru. Desde que me iniciei em suas compilções musicais divulgadas em volume carnavalesco nas imediações da loja ipiranguense, tudo, TU-DO mudou. Não estamos falando aqui apenas do exercício do repertório musical "C". Descobri que possuo conhecimentos muito mais profundos sobre Daniel ou Aviões do Forró do que, um dia, poderia vir a suspeitar. Já consigo até reproduzir alguns versos em momentos de introspecção. Quando dou por mim, me pego cantarolando:

"Tchan tchan tchan! tchantchantchantchantchan!............tome tome tome! tome tome tome!"

Para aqueles que não desfrutam do privilégio único da convivência com Márcio, este é um clássico da Banda Calypso. Tá?? A gente samos bregas, mas samos animados!!

A coclusão filosófica que tiro dessa nova fase de minha vida é que a cafonice existe em todos nós. Basta exercitá-la.

UHÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚ!!!!!! Isso e Calypsooooooooo!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Idalo

Como a maioria da humanidade sabe, tenho uma certa fixação pelo Chaves e seus agregados. Ok. Isso é um desvio de origem genética, um traço totalmente ligado ao meu DNA, uma vez que meu pai, aquele senhor respeitável com cara de sheik também possui tal tara. Esse detalhe, inclusive já foi comentado aqui.

Importante dizer que papis acorda diariamente antes das 6 da manhã. E o faz feliz, já que é justamente nesse horariozinho da morte que entra no ar o que?

O Chaves.

Isso faz de mim uma das pessoas mais bem informadas da cidade de São Paulo sobre os acontecimentos diários do show, pois antes do meio dia, papai já me telefonou para comentar o episódio matinal.

ENFIM

Voltemos àquele que me inspira e fez com que eu me perdesse nessa introdução.

Cruzamento da Rua Espéria com Av. 9 de julho - é lá que atua o malabarista de sinal mais legal do mundo. Aplaudam, contribuam, o ser merece. Ele se apresenta fantasiado de Chaves.

SAI DE DENTRO DO BARRIL TODA VEZ QUE O SINAL FECHA. Joga uns treco pra cima, aquela coisa toda e volta para o barril antes da luz verde. Trejeitos, roupas, tudo igual.

Sério, passem lá.

bjs.

Personal Pentelho Eliminator Tabajara

Recebi uma correspondência da Claro outro dia e descobri que alguém lá dentro usou o célebro e criou um lance realmente muito útil para o futuro da humanidade.

Sabe quando você está naquele tipo de situação em que só um telefonema da Finlândia poderia te livrar do homicídio (provavelmente seguido de suicídio)??? Eu, por exemplo, já sou profissional em simular que meu telefone tocou para me livrar de chatos desprovidos de noção.

Depois que finjo ouvir a campainha, abro o aparelho e engato uma conversa inadiável, de preferência em outro idioma. Pronto. Fico liberada para dar as costas ao cretino, me ocupar de meu teatro telefônico e evitar, assim a detenção, o julgamento, essas coisas que vêm com o iminente homicídio.

Conquistei essa capacidade com anos de treino e prática, por isso minha desenvoltura é invejável e sempre obtenho sucesso em minhas performances.

Quem ainda não possui tal treino, pode pegar seu celulito da Claro, discar o código do serviço (não tenho a menor ideia de qual seja ele agora), e em poucos segundos............

TCHARAAAAAAAAAANNNNNNNNN!!!!!

Seu telefone toca!!!!

O cara que inventou isso é um gênio. Vai me dizer que não é esse tipo de gente que falta para botar ordem no mundo???? Tá contratado!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

www.euodeiomeusclientes.com.br

Pela ascendência da minha família, eu diria que sou, basicamente, uma cruza de mafioso com terrorista. Isso levando em conta apenas os antepassados de papai. Um bijou.

Certas pessoas despertam o mafioso que existe em mim. Tenho a incrível chance de observar minha carga genética em ação quando sou obrigada a interagir com alguns imbecilóides que, um dia, tiveram a péssima idéia de comprar alguma coisa na minha loja e com isso decidiram encher o meu saco para todo o sempre.

O grande problema de ter uma loja, é que você tem uma porta aberta na rua, o que faz com que qualquer estrupício tenha acesso ao seu ser. Vamos supor que algum transeunte passe, entre, compre, pague e vá embora. Mande flores para essa pessoa. Anote a ocasião em seu livro de eventos raros, tire uma foto do nego, cultue o sujeito. Este será um dia único para você.

Vou contar como a coisa se desenvolve, citando apenas duas situações padrão, os maiores clichês do comércio:

O DESCONTO

Tá lá o transeunte, ok. Esse cara vai entrar na sua loja e vai fingir que tudo está bem, tudo está certo. Ele escolhe, experimenta e decide.....tudo parece normal até que vem a primeira bomba: "qual é o preço disso?"

"100 reais"

"e com desconto?"


Pronto. Aí está o líder do reino dos pentelhos. O vendedor explica com todo amor e carinho a esse imbecil que ele poderá vir a ter um abatimento no preço real caso efetue o pagamento à vista. Cartão do banco, desconto X, dinheiro, desconto 2X. A partir daí, temos duas possibilidades:
A) Ele pode armar um escândalo porque exige o desconto de 2X mesmo querendo pagar com a merda do cartão do banco dele;
ou B) ele exigirá um desconto tão infinitamente superior alegando que fará o pagamento em dinheiro, que a sua vontade é embrulhar o raio do troço que ele escolheu e entregar o pacote desejando feliz natal, ou feliz aniversário, feliz dia do índio etc e não cobrar nada pela compra. Acho que esse povo se esquece que pessoas usam o comércio como forma de subsistência, por isso não querem pagar pelas mercadorias. Apesar da bizarrice, é a única explicação plausível que encontrei.

A TROCA

Uma merda. O cara quer trocar uma peça que custou R$100,00 por uma que custa R$250,00. Maravilha. Simples. O que ocorre é que em grande parte da vezes, o infeliz não quer pagar a porra da diferença. Ele inclusive se ofende e te ameaça, como se houvesse algum tipo de extorsão nessa simples operação. Alguém pode me explicar???

Quem achar que há exagero ou ficção em algum dos dois relatos, fineza entrar no primeiro estabelecimento comercial que passar e confirmar os fatos com o proprietário ou gerente.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Patrícia & Patrícia

Tem umas pessoas que são do bem, mas que são mutcho locas. Esse profundo pensamento tomou conta de meu ser por conta de uma história que narrava há pouco, na loja, para um povo tão ocupado quanto eu.

Minha mãe tem um jardineiro, o Seu Domingos, que é sensacional. Ele é querido, um tiozinho de bom coração que ama as plantinhas, os cachorrinhos e tooooodos os bichinhos da floresta. É um daqueles seres que realmente ama o próximo (vixe). Tudo, para ele, é "uma bênção". Um santo. E o homem ainda tem talento suficiente para transformar aquele seu gramado lazarento, meu amigo, em algo que se assemelhará em muito com Versailles. Estamos falando aqui de um gênio do podão.

O único problema que ronda nossa relação é o fato de que ele, apesar de me conhecer há eras, continua me chamando de PATRÍCIA. Não é necessário muita perspicácia para sacar de cara que esta que vos posta assina Paulinas. E que Paulinas NÃO está associado a Patrícia. Em momento algum.

Pois bem. Nada contra o amado jardineiro insistir em se referir a mim com Patrícia. Pode me chamar até de Pafúncia, de Bucetilde se assim preferir. O fato foi classificado como grave, pois Seu Domingos chama de Patrícia também à minha irmã, cujo nome real é Gabriela. Adicione a isso o detalhe de que moramos na mesma casa.

Descobrimos isso fazendo o comentário óbvio:

- "Você não sabe.....o Seu Domingos acha que meu nome é Patrícia......já corrigi diversas vezes mas ele insiste em me chamar assim..."

- "Pââââtzzzzzz!!!! EU TAMBÉMMMM!!!"

No início, debatemos a possibilidade de ele achar que fôssemos a mesma pessoa Patrícia, já que somos irmãs e temos algumas semelhanças que talvez, um dia, de longe, no escuro, façam com que alguém que não conviva conosco diariamente, se confunda. Beleza.

Mas não!!! Erro!!!! Somos duas pessoas no MESMO ambiente!!! Ele trava uma conversa com as duas simultaneamente e continua nos chamando de Patrícia:

Saio pela porta da cozinha, dou de cara com Seu Domingos e ele diz: "ôôôôô Patrícia, tudo bem??? Viu como está bonito aquele bambu???"
Na sequência surge Gabriela, minha irmã. E, comigo postada a seu lado ele se dirige a ela e exclama com felicidade: "Patríííííííícia!!!!!! já resolveu se lá na frente vamos plantar grama preta???"
Estou de saída, então me despeço "Tchau, Seu Domingos, tchau GABI". E ele para mim: "Tchau Patrícia, fala pra sua mãe me ligar!"

Ou seja: não sou uma pentelha implicante. O cara É meio bizarro, não?? Isso não faz com que eu não continue usando minha camiseta escrito "I LOVE SEU DOMINGOS" quatro vezes por semana.

O fato é que nosso jardineiro virou uma ótima atração matinal. Tem umas coisas que só acontecem na minha casa.

Mizi fio

Permaneço com graves problemas virtuais. Atualmente só a fada mágica dos computadores teria poder suficiente para resolver minha trágica situação. Macumba, MACUMBAAAAAAA!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Vitória!!!

Só para constar: Achei a cabeleireira, retoquei o Enê Marú e NÃO possuo mais uma moita no topo da cachola!! Aquele ninho não é mais meu! Champagne!!!

A volta dos mortos vivos

Voltei, i´m back, sobrevivi. Depois de graves problemas de conexão, computadores, endereços, transferências e uma breve "fuga 7 de setembro", creio que agora poderei voltar ao meu projeto "Um psicanalista pra chamar de meu".

Pois, se posso falar merda à vontade aqui, pq precisaria eu de um psicanalista de verdade??? Gasto a grana em coisas e divago neste belo BROG.

A questão é que a empresa em que trabalho curte, gosta mesmo, diria que realmente AMA o fato de me transferir para onde está havendo qualquer tipo de mudança insana e radical. Reforma na loja "A"???? Manda a otária!!! Troca de sistema na Patcha que Pariu??? Chama a tróuxa! Precisa empurrar o caminhão de um amigo seu que tá emperrado na ladeira????? Deixa comigo!!

Realmente penso em mudar meu nome para SEVERINO.

Claro que a porra do novo sistema da Patcha que Pariu, braço da empresa onde trampo atualmente (essa informação não era fictícia), ainda não funciona, logo, temo que em pouco tempo estarei devidamente excluída da rede.

Que fique registrado meu retorno. E se não der certo aqui, planejo incorporar um tratamento psico ao meu dia a dia. Em conjunto com o belo BROG.