Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Novo método para lidar com a NET

**Provavelmente quem não tem Facebook ou tem, mas não autorizou e portanto não brinca com seus aplicativos babacas, achará o que vem a seguir um bololô sem nexo. Estou citando Mafia Wars, FarmVille, YoVille e Vampire Wars, respectivamente.

Hoje, mais uma vez, enfrentei um longo período de NET sem sinal. Praxe. Pelo menos uma vez por semana essa desgraça de empresa de internet a cabo me faz de otária deixando minha conexão inoperante por horas sem fim.

Tirando "ir até lá, me rasgar e estrebuchar no chão", já reclamei de TODAS as maneiras possíveis, de modo que atualmente tenho uma certa preguiça de telefonar, esperar séculos na linha, ouvir a gravação cretina, falar com um songo mongo que não deve conseguir nem se alimentar sozinho e, por fim, não ter meu problema resolvido.

O último técnico que aqui esteve veio arrumar uma falha no sinal da TV e acabou me deixando sem o Virtua. Ou seja, é melhor não arriscar. Estou sem internet? Vou falar mal de alguém ao telefone, tomo algum comprimido de natureza suspeita, leio a Caras, sovo uma massa, sei lá. Mas não ligo mais. Foda-se cansei desses caras, minha saúde agradece.

Eis que hoje tive uma idéia capaz de mudar esta minha convicção. Viciada dependente que sou dos tantos aplicativos babacas do Facebook, não vejo a hora desta merrrrrda falhar de novo para eu ligar lá e explanar para o atendente:

"Meu querido, sabe o que é? Fiz uns assaltos hoje durante o dia e a máfia rival virá roubar tudo o que tenho esta noite!!! E a culpa será sua!!! Quer dizer: serei assaltada a noite inteira porque VOCÊ não resolve o meu problema! Eles estão vindo!!!"

Ou

"Sabe o que acontece? Vou perder os tomates. Eles vão morrer. Se eu perder os tomates não consigo comprar uma cerca nova para os bebês elefante. Daí, como faço? Você tem alguém aí disponível para colher meus tomates? Hein? HEIN?"

Ou

"Queridão, coloquei umas tortas para assar, e a minha cozinha PEGOU FOGO!!! Culpa de vocês! E agora? Perdi todos os cookies também!!! Porra, meu.....puta fumacê!!!!"

Ou

"É o seguinte: PRECISO entrar no meu caixão para ver o que os demônios têm para me oferecer em recompensas nas apostas. Ah! Também preciso transferir o sangue que coletei para meu banco. Senão pode vir um zumbi e roubar, entendeu? Moço? Moço? Alô? [tu tu tu tu tu tu tu tu]"

Não vejo a hora.

Máximas - Anatomia Humana, lição I

Vamos chamar os protagonistas desta máxima de 'Analfabeto' e 'Aberração', como forma de externar meu apreço por tão exóticos seres vivos . Esta conversa foi ouvida por um confiável membro de minha família, dentro de uma das salas que abriga o alto escalão de uma importante estatal. Teoricamente, tal ambiente é frequentado por pessoas capazes de amarrar os próprios sapatos. Teoricamente.............................

Analfabeto: "Viu que o Titi voltou a jogar?"

Aberração: "Vi........ele teve pubalgia, né?"

Analfabeto: "Teve, teve sim........"

Aberração: "O que será que é isso hein?"

Analfabeto: "Ah! É uma inflamação, ora!"

Aberração: "Sim, isso eu sei!!! Mas aonde fica a puba?????"

Morte aos Asnos!!! - é o nome da campanha que acabo de lançar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma nativa de Creta

Não é novidade para ninguém que mulheres são estranhas e seu universo possui algumas características que o fazem girar paralelamente em relação aos acontecimentos plausíveis cotidianos.

Eu, por exemplo, não me considero um exemplar estranho, estraaaaaaaanho, assim como não acho estraaaaaaaanhas tantas outras mulheres com as quais convivo. Existem as loucas desgovernadas que compensam esta parcela da espécie desprovida de esquisitice transbordante na qual me incluo, mas isto não vem ao caso.

É importante esclarecer que meninas, sejam elas loucas ou não, cometem atos não condizentes com seu intelecto, idade, escolaridade ou posição profissional. Isso porque damos ouvidos à asneiras e, mesmo sabendo que aquilo certamente dará em merda, não nos furtamos em comprovar a teoria. A teoria da merda. É instintivo: mulheres são curiosas.

Pois bem. Quem nunca ouviu da avó, da empregada, da vizinha, da veterinária, da japonesa do pastel ou até mesmo da manicure, a infâmia:

"Cola com SuperBonder!" - diante da tristeza de uma unha quebrada.

Há nos salões de beleza uma pessoa especializada em resolver esse tipo de drama. É a mulher da unha de porcelana. A nega com a unha fodida vai lá, senta e a outra taca camadas infinitas de produtos tóxicos sobre o local comprometido. Lixa, lixa, lixa; espana, espana, espana, e lá está uma unha nova. Melhor que aquela porcaria que veio naturalmente em seu corpo.

Mas o problema é que a pessoa com a unha arrasada lembrou-se da imbecilidade envolvendo a cola caseira e decidiu testar a eficácia da crendice.

Agora eu estou aqui com praticamente toda a minha metade superior colada e qualquer movimento faz com que a situação piore. Um dedo grudou no outro e em seguida colaram-se as mãos. Mãos estas que se grudaram no roupão e em parte da embalagem da merda da SuperBonder. Estou com medo de me mexer e não há ninguém para me ajudar.

A unha continua quebrada.

Estou digitando através de movimentos das pálpebras, aquela técnica utilizada por Stephen Hawking.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sobre aqueles que protestam

Para quem não sabe, minha opinião sobre pessoas que "protestam" é a seguinte:

- Vá arranjar alguma coisa, QUALQUER outra coisa para fazer, infeliz. Apenas não me atrapalhe, cornudo. Não interrompa o trânsito de automóveis em vias como as avenidas Paulista e Consolação, não transforme o Vale do Anhagabaú em uma micareta de sindicato, NÃO subam naqueles carros de som mal equipados para berrar palavras de ordem incompreensíveis, já que UM pobretauro urrando diante de um microfone que possui UM amplificador para propagar o furdunço não é eficiente. Se faz barulho? Sim. Alguém consegue entender o que berra-se ali do alto? Duvido.

Tá. É mais ou menos isso que penso sobre manifestações. Meu trauma vem dos muitos anos em que trabalhei ali na Rua Maria Antônia, quase esquina com a merda da Consolação. Três vezes por semana, pelo menos, algum grupo de desocupados pegava a Paulista (berrando), descia a Consolação (berrando), fazia a volta no Centro (urrando) e voltava para o ponto de origem novamente via Consolação (berrando). Perdi as contas de quantas vezes fiquei presa naquele prédio, sem poder comparecer a reuniões, sem chances de almoçar em algum outro local que não fosse aquela praça de alimentação infecta localizada em frente ao Mackenzie, sem poder voltar para casa - a parte grave gravíssima da situação.

Apesar de odiar todas essas pessoas manifestantes, minha inteligência consegue compreender que eles estão lá, fazendo papel de palhaço e atrapalhando a vida de metade da cidade de São Paulo pois estão reivindicando algo palpável como aumento de salário, modificação em jornada de trabalho, um puteiro melhor para que suas respectivas mães exerçam o meretrício com mais conforto, enfim, a babaquice toda tem uma nesga de fundamento. Continuo sendo contra e se oportunidade houver, passarei com meu carro sobre piqueteiros ainda nesta vida. É um objetivo.

Agora, eis o que me aconteceu hoje: Estava eu, em minha empresa (sim, aquela de São Caetano do Sul), finalizando meu dia de extenuante trabalho e planejando mentalmente minha volta para São Paulo. Na teoria, eu voltaria para minha casa e após correr desembestadamente sobre a esteira, compensaria tal delírio com uma ida ao bar. Tomaria 120 chopps ou 67 doses de whisky - isso seria decidido na hora - e retornaria para o lar sem registros de nada importante em minha mente. Esta voltaria a funcionar apenas amanhã, após às 11h00.

Ao levantar de minha cadeira e mirar o estacionamento, irmã telefona com a notícia de que a saída de São Caetano está fechada pois há uma manifestação na favela. Por "manifestação na favela" entendam bombas caseiras explodindo sobre tudo e todos, automóveis e ônibus incendiados, torres de pneus em chamas fechando as vias, tropa de choque atirando aleatoriamente e - a melhor parte - os extras.

Chamo de "extras" aquela gutchada que, ao avistar a câmera da Band ignora a guerra que ocorre ali em frente ao seu barraco e sai de casa com a prima, a cunhada, a colega e a criança para chorar diante das lentes. A nega está cagando para o confronto armado. Ou vocês acham que ela vai perder a chance de aparecer no Datena? Se por azar não morrer, amanhã será famosa, a gostosona de Heliópolis. Ela merece, afinal de contas, chorou, gritou, falou que tudo o que eles querem é paz, expôs a criança, tinha ranho escorrendo pelo nariz..................gente, reconheçam o esforço de Desnaílva, por favor.

Motivo da performance visigoda apresentada pelos habitantes de Heliópolis: Ontem, uma garota de 17 anos tomou um tiro e morreu. Sim. Já morreu. Será que eles descobriram que este comportamento Bangu I é o mais novo método para ressucitar gente morta? Porque, quebrar tudo, matar mais alguns seres, incendiar o carro alheio, tacar fogo nas próprias casas e fuder com a vida de que quer ir para casa depois de passar o dia aturando aquelas graças dos meus clientes, definitivamente não me soa como protesto. Na minha terra costumamos chamar tais atos de vandalismo puro e verdadeiro. Combinado com descomunal idiotice.

Fiquei extremamente irritada porque essa gente acabou com o meu timing. Tanto que NÃO estou no bar consumindo álcool como havia planejado anteriormente.

De resto..........matem-se. Para mim isso é seleção natural.