Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Estabelecendo a relação entre o ketchup Heinz e meu desprezo por tapados

Dizem por aí que inteligência nada mais é do que a capacidade inata que os seres vivos têm de adaptar-se a novas situações. Conhecer, compreender, aprender. Parece inclusive que tal definição consta como um dos significados do termo numas paradas como Houaiss e tal.

Comenta-se também que a espécie humana tomou o poder neste planeta devido à superioridade de seu intelecto em relação aos outros quadrúpedes e samambaias da floresta. Tamanho de cérebro, processamento de informações, compreensão da lógica, essas coisas todas.

Diante de tais conceitos, alguém pode me explicar o mistério que leva a população como um todo em manter a embalagem do ketchup Heinz de ponta cabeça, caralhos voadores?

Por. Quê. Por quê, Senhor? Por quê?
O Tio Heinz vai lá e contrata um designer que faz uma embalagem daora: a tampa do frasco contendo o produto fica posicionada em sua parte inferior. Isso garante que o molho SEMPRE saia pelo buraco que há nesta extremidade do tubo.

Cena clássica do nego batendo no fundo do pote de vidro e ganhando uma ketchupada no olho, nunca mais.

Daí entra em cena a insensatez humana. O desgraçado apóia a embalagem de ketchup com a tampa virada pra cima, quer dizer....cadê o sentido? Afinal de contas, as tampas sempre ficaram na parte de cima, TODOS os ketchups têm suas tampas localizadas no topo, logo, como é que o Heinz, especificamente, pode ser invertido?

Não pode. Conclusão da humanidade.

O que mais me tira a alegria de viver é o fato de existir um rótulo com o nome do treco seguido de diversas especificações ESCRITAS. Será que esse povo infeliz não vê que aquela porra tá de cabeça pra baixo, caramba? Tá ao contrário, meu, tá lendo não?

Ando observando tal comportamento há meses em locais como Stop Dog e Hamburguinho, ambos frequentados assiduamente pela rainha da alimentação leve aqui. Sento no balcão e aposto quem vai ser o primeiro retardado a pegar a parada, tacar no sanduíche e apoiar o tubo na mesa com a tampa pra cima. Também faz parte de meu jogo pessoal contar quantos otários hão de fazer o mesmo. Digo com tristeza que a média está em 80% do público. Claro que não incluo crianças menores de 10 anos, mas parto da prerrogativa que, se elas fazem é porque adultos ao redor assim as ensinaram.

A TAMPA BRANCA É PRA BAIXO, NATIVOS DE CRETA.

Por essas e outras que minha teoria sobre o fim do mundo não inclui o fim do mundo em si. O fim do mundo foi mal definido. Eu conto mesmo é com a extinção da raça humana. Que regride a olhos vistos. Em todos os quesitos. Deus errou e tá ciente da cagada que administrou. Galera tá emburrecendo, presta atenção.

OU TALVEZ eu seja a reencarnação de Napoleão e sofra de um complexo de superioridade incurável. Claro que sou aberta a considerações e penso ser viável lidar com tal hipótese. A psiquiatria conta com isso.

Ando naquela fase em que minha vontade é esculhambar o cara que põe o ketchup do contrário. No meio do Hamburguinho da Faria Lima. Aos berros.

“Aê palhaço, você é cego ou o quê, seu burro, essa merda é do outro lado, não tá vendo o troço escrito ao contrário aí no pote, imbecil?”

Pensei em algo nessa linha, inicialmente. Acho incisivo.

E não. Não sei porquê a mostarda Heinz não segue o padrão e tem uma embalagem tradicional, foca aqui que o papo é KETCHUP, pombas.

Estou descontrolada? Sejam sinceros, reajo bem a criticas. Por mais incrível que isso possa parecer.

2 comentários:

O Iluminado disse...

Bom, só posso pedir em que passo estão seus planos de dominação mundial. A coisa tá mais preta do que eu pensava.

Paulinas disse...

Estou definindo a data da tomada do poder em reunião fechada com a Red (www.mesadebotequim.blogspot.com). Vou avisando sobre progressos.