Porque as bizarrices cotidianas devem ser comentadas

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A vida como ela é


Sou do time do Porchat e veementemente contra a teoria do Tabet. São 7 da noite, tá um frio da porra, minha fome atingiu o nível 'vamos comer o batente da porta' e só não digo que estou com sono pois sono não me pertence, apesar de que a preguiça aqui, se realmente for computada como pecado, está me gerando uma penitência equivalente aos números da MegaSena da Virada.

Não estou pedindo muito pois observem meu status:

Quero - ir para casa e comer um double cheese corvo egg tartaro maionese à parte com fritas e onion rings enquanto vejo a novela.

Vou - rastejar para o carinha do atendimento da Hertz me ajudar a descobrir onde enfiaram o GPS do carro do cliente que alugou esta caralha especificamente sob a condição 'GPS INCLUSO' e agora o cara tá lá perdido na puta que o pariu do Uruguay com uma bosta de carro sem GPS. Isso vai demorar mais ou menos umas 5 horas, se considerarmos a agilidade física e mental da galera que trampa na referida locadora.

Fabião, tamojunto brother.




terça-feira, 21 de maio de 2013

Diálogos Corporativos - "bateu, levou"

Antes de narrar o ocorrido, adianto que é de suma importância frisar os seguintes pontos:

1 - Eu sou nariguda. Muito nariguda. Tucano Style. Para quem estiver fazendo chacota de mim, informo que pelo menos eu sou magra, alta e de cabelo bom, suas baranga Shamuzenta.
2 - Eu sou alérgica. Sofro de rinite, sinusite, bronquite, asma e todas aquelas coisas outrora citadas pelos Titãs. Imagina o aumento pelo qual a população hipocondríaca passou de 1989 para cá, mas enfim.
3 - Big Boss tá bem calvo. Digamos que são respeitáveis as falhas capilares na parte dianteira de sua peruca.

Isto posto, podemos tranquilamente prosseguir com a coisa toda e reproduzir o diálogo que tivemos há pouco.

O Hospício está em obras, portanto imaginem o cheiro feladaputa de tinta que não está aqui dentro.

Ele entra em meu ambiente e comenta que "esse cheiro hein....tá zoando meu nariz".

"E eu então?" [fazendo referência ao meu quadro alérgico multitask, PORRA]

"É. Com esse puta nariz deve ser bem mais foda."

"Pelo menos a minha franja não CAIU INTEIRA, cretino."

E assim a gente vai mantendo a hierarquia empresarial, sempre respeitando os princípios básicos que a guiam.

Com planejamento e civilidade a gente vamos longe.

Morar em prédio é uma coisa maravilhosa mesmo né, pessoal. Quando a gente acha que já viu de tudo e pensa que o pior imbecil com quem o cosmos nos obrigou a cohabitar foi aquela desgraça do Pedro do 122, o inimaginável sempre nos surpreende.

O edifício em que resido atualmente iniciou uma obra maldita do caralho a quatro muito simples visando destruir o que resta da minha sanidade nosso bem estar. Decidiu-se trocar todo o piso da calçada em frente à area do prédio e recapear as 3 entradas das garagens. São duas pelo nível da rua e uma que vai para o subsolo. Tudo de uma vez. Então veio um maníaco que, com uma britadeira ligada diariamente às 7 da manhã, passou 2 semanas quebrando qualquer coisa que via pela frente. Foi quebrada a calçada, foi quebrada a rampa que dá acesso à garagem subterrânea, foram quebradas as entradas para automóveis no térreo. Como eu comentei, TUDO DE UMA SÓ VEZ. Eu olhava pela janela e só pensava em México 1985.

Ninguém entrava com os carros, ninguém saía com os carros, ninguém conseguia entrar a pé, e me pergunte se era possível sair a pé? Não. Em uma palavra: escombros. Foi muito prático, pois moro em uma via super calma na Vila Olímpia, que por si só já é um bairro bastante pacato. Imaginem a alegria dos moradores ao receberem a informação de que TODAS as vagas de garagem estariam interditadas por uma semana. Uma semana, na linguagem da construção civil, significa "prazo indeterminado partindo de 5 vezes o tempo previsto". Todos sabemos disso, certo? Os carros deveriam ser estacionados na rua. Quer dizer: drama nenhum, já que ali, encontrar uma vaga para estacionar não configura problema/impossibilidade/fodelança/ter que fazer fila tripla/vender algo a Satã e já adianto que não estamos falando de alma aqui.Imagina.

A calçada foi refeita. Ok. Grandes merda, devia ser a última coisa na lista de prioridades, mas se os cientistas que estudam linhas de raciocínio humano não as compreendem (certeza que não), seria eu o ser genial que decifraria o funcionamento de algo complexo assim? Jamais. Nem quero, tenho medo do escuro, tenho medo do obscuro etc etc.

Os responsáveis por essa cagada toda iniciaram as obras de recapeamento das entradas da garagem térrea. Importante comentar que tenho 2 carros e, consequantemente, duas vagas: uma no térreo e outra no SS. Quando esta bosta ficou pronta, galera que, assim como eu, estava com os carros estacionados na rua, voltou a ocupar suas respectivas vagas. Mas é que esse negódi RESPECTIVO também é complicado e nem todo mundo entende né. Meu carro do subsolo continuava na rua. A garagem ainda estava interditada. Porém, como o regime praticado nesta merda de ~civilização~ é a Anarquia, qual não foi minha surpresa ao chegar em casa e encontrar um carro parado no MEU lugar? O cara é do subsolo, o cara quer parar na garagem, a dele está fechada, logo nego entra e para em alguma vaga aleatória. Na minha, por exemplo. Daí você ~gentilmente~ pede para o boçal tirar aquela porra daquela chimbica da sua vaga e o imbecil desce de mau humor, bufando, para logo em seguida registrar uma reclamação contra o dono da área. Eu, no caso. Teve uma que não desceu e registrou a reclamação. Teve outro que me deixou 20 minutos esperando e também registrou a reclamação. Teve um babaca que sugeriu: "putz, você não quer parar na rua? É que eu já deitei."

"Não. Caralho."

"Mas é tarde, né?"

"Sou adulta, não tenho hora para chegar em casa. Sua sorte é que não fui beber. Eu te acordaria as 5 da manhã."

"Gente, que horários indisciplinados os seus...."

Mandei ir se foder/pra puta que o pariu/à merda. Dei opção pro cara, notem. Também reclamou de mim.

Como foram mais de 3 reclamações, recebi uma advertência. Por favor, me expliquem?

Eu ia colocar "FIM" aqui, mas como a coisa ainda não terminou, resta-nos aguardar as próximas performances.

Humanidade, este BANDO.

[técnica, sobe créditos e a trilha dos Trapalhões ao fundo, pfv. brigada]

segunda-feira, 13 de maio de 2013

E o pulso ainda pulsa. Ainda.

Hoje eu vi no Instagram uma foto que dizia algo como "googling your symptoms when you don't feel well is the most efficient way to convince yourself yu're dying".

Quem criou isso nunca deve ter lido bula nem de água mineral. Porque eu fui me meter a bisolhar o encarte que acompanha aquele meu colírio de 800 mil dólares por 5 ml [pelo menos essa bosta vem com um ENCARTE], coisa que jurei pela mãe do guarda nunca mais fazer, e agora estou quase acionando o resgate aéreo e me acostumando com o fato de que serei vizinha do Netinho no Sírio-Libanês.

Ô Milla.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Como não amar

O amigo teoricamente ogro [e digo TEORICAMENTE porque ele é um ogro aos olhos de quem apenas o vê, não daqueles que, assim como eu, têm a inominável sorte de desfrutar de sua incomparável companhia recheada de doçura e amor no coração] que ao ouvir a música Ogum, batuca discretamente e sem mencionar nenhuma parte da letra, enfaticamente canta a plenos pulmões o auge do refrão assim:

***escreverei o refrão completo para que vocês consigam visualizar melhor a cena***

Ogumm, um guerreiro valente que cuida da gente que sofre demais

Ogumm, ele vem de aruanda ele vence demanda de gente que faz

Ogumm, cavaleiro do céu escudeiro fiel mensageiro da paz

Ogumm

"OOOO-OOOO--OOOOLODUM"

Ele nunca balança ele pega na lança ele mata o dragão

Ogumm, é quem da confiança pra uma criança virar um leão

Ogumm é um mar de esperança que traz abonança pro meu coração

Ogum


Tem como não amar?

E outra da famosa série "Diálogos Corporativos"

Como comentei anteriormente, tive uma alergia/lesão/mutilação/putrefação no meu olho esquerdo quarta-feira última. Meu aniversário, no caso. Segundo meu oftalmologista isso ocorre devido à enorme sensibilidade do meu tecido ocular e normalmente acontece durante o sono, quando passo a mão nos olhos ou me viro na cama e arranho a vista no travesseiro. Legal né?

Daí a parada se transforma numa coisa sinistra, pois fico com os mesmo sintomas e aspecto físico de quem teve o olho atingido por uma granada de uso militar. Quase não dói, tranquilão.

Me fodi, tive que ir ao oftalmo 3 vezes, fui medicada, comprei o tal colírio de 800 mil reais 5 ml, coloquei um tampão na cara para em seguida trocar o curativo por uma lente de contato transparente que é estilo um band aid de olho. Foi bem divertido.

Hoje, iniciando meu processo de recuperação mas ainda meio danada, Big Boss me pediu um favor aqui no hospício. Tão logo atendi sua solicitação, recebi o seguinte agradecimento:

"Valeu aí Galo Cego."

Muito amor.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Woohoo

Hoje é meu aniversário. 

Estou com uma alergia no olho esquerdo e vou ter que colocar um tapa olho estilo novela Ambição. Paula Scarcelli, seu nome é Catalina Creel.

Perdi meu amado amado AMADO Rottweiler Lui na segunda-feira de manhã. Nunca mais vou parar de chorar.

Tenho que comprar um colírio filha da puta de 5 ml que custa 78 conto. Espero que pelo menos esta merda seja alucinógena. Ou que faça minha bunda ficar igual à da Sarahyba. Ou que seja letal, sei lá.

É o caso de dar os parabéns não para mim, mas para o macumbeiro que fez esse trabalho excepcional. E descolar o telefone dele.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Desejos

Imagina uma pessoa que precisa saber o preço de um serviço que você presta. Mas esta pessoa não pergunta o preço da parada e alguns detalhes. A pessoa faz desta simples questão um inferno mais infernal do que todos os infernos que Satã já dirigiu e a simples necessidade de uma pequena informação fode com  seu já inexistente equilíbrio mental a ponto de você decidir por ir ao posto de gasolina, comprar um galão de combustível, entrar na loja de conveniência anexa, adquirir uma caixa de fósforos, se encharcar com o líquido e riscar um palito.

Minha vontade neste exato momento é dizer:

"Meu caro, para este serviço adotou-se um procedimento diferenciado. O valor exato é dar o cu. Você da o cu e tá pago. Vamo tá dando esse cu a vista ou parcelado?"

Daí a pessoa te pede para mandar tudo por escrito e você diz que tá escrevendo para mandar a porra toda por escrito e ele pergunta:

"Mas para onde você vai mandar isso?"

Seria repetitivo eu responder "to mandando pro seu cu. Abre seu cu que tá lá"? 

Sejam sinceros.